aqui no aqui tem coisa encontram-se
coisas, coisas, coisas...
...desde janeiro de 2003


O Condomínio Modular Delta na Av. Lavandisca em São Paulo terminou a reforma das fachadas, pintura de muros e áreas comuns.


Eu faço parte do Conselho Consultivo de apoio ao trabalho da síndica Juliana e do sub-síndico Giuliano.
Sandra e eu ajudamos na reforma, ela com o projeto de decoração dos halls de entrada e eu coloquei agora a cereja no bolo, doando 4 fotos minhas para os dois halls sociais, duas no Prédio Azul, e duas no Prédio Verde.

é isso, por fernando stickel [ 15:24 ]


A minha turma na FAUUSP entrou na faculdade em 1969 e se formou em 1973. Logo que entramos conheci o Alberto Seixas Levy, que estava um ano na nossa frente. Ele tinha uma maravilhosa Moto BMW R69S.
Um belo dia eu simplesmente pedi a ele para dar uma volta na moto, ele me entregou a chave e disse pode ir…
Quase fiquei louco, aquilo era o sonho de qualquer tarado por motos como eu.
Saí da FAU e peguei a avenida principal em direção à saída da Cidade Universitária, me acostumando com a máquina, que era grande potente e pesada.
Este era o modelo mais potente da BMW, acelerava muito bem, mas eu mal havia tocado ainda nos freios… Cheguei na rotatória da avenida principal, na sequencia uma descida e uma nova rotatória, entusiasmado eu só queria acelerar, quando entrei na curva o peso da moto se fez sentir e eu quase não termino a curva, escapando de ralar a roda na guia por milímetros…
Respirei fundo com o coração quase saindo pela boca, me recompus e voltei tranquilamente para entregar a moto ao dono, agradecendo aos céus que nada havia acontecido!


Na sequência o Alberto apareceu com uma Kawasaki 350 de dois cilindros e dois tempos, e eu naturalmente pedi para dar uma volta, dessa vez peguei a Marginal, e como já conhecia a fama da moto se ser potentíssima, girando a 8.000 rpm, eu manerei logo do início, e não tomei susto!
Recentemente criou-se um grupo de WhatsApp da nossa turma da FAU, e foi através deste grupo que eu fiquei sabendo do falecimento recente do Alberto, vítima do coronavirus… nós não eramos próximos, na verdade perdi contato ainda na faculdade, mas bem ou mal ele é a primeira pessoa de um grupo próximo vítima do coronavirus. Que você fique bem Alberto, talvez no teu paraiso você encontre maravilhosas máquinas dos anos setenta…

é isso, por fernando stickel [ 18:15 ]


Erico João Siriuba Stickel (1920-2004)
Fosse vivo, meu pai completaria hoje 100 anos de idade!!!

é isso, por fernando stickel [ 10:23 ]


Jair Bolsonaro virou piada internacional, este é o ponto a que chegamos! Sua insistência em afirmar que a crise nada mais é que uma “gripezinha” está sendo criticada violentamente, por todos os espectros políticos.
Mesmo seu ídolo Trump mudou o discurso após as evidências da agressividade do coronavírus.
As hostes bolsonaristas são imunes à ciência, à inteligência e ao bom senso, então o perigo é este irresponsável levar milhares de brasileiros às ruas e aumentar ainda mais a contaminação no Brasil.
Milhares morrerão, o vírus agradecerá.


A situação da pandemia hoje.
Bolsonaro comete o supremo desatino de atacar, dia sim e dia também seu excelente Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que está fazendo um excelente trabalho. Chefe fraco com inveja de subordinado forte…

é isso, por fernando stickel [ 10:16 ]

O universo digital apresenta, por vezes, algumas distorções. Como as “fake-news” muito em moda recentemente…
É o caso dos leilões on-line. Há centenas deles, vendendo tudo que é possível imaginar, incluindo arte.
Por conta da crise do coronavírus explorei um pouco os leilões de arte à distancia, e encontrei à venda duas obras de Mira Schendel muito curiosas, digamos assim, vejam:


Quem conhece a obra da artista sabe que ela dificilmente trilharia os caminhos que levam a estas duas obras, pois são caminhos conflitantes, na obra vertical, por exemplo, o caminho seria o dos “toquinhos”, executados em papel com aplicação de Letraset, que Mira no entanto jamais executou em pintura com areia.


O trabalho horizontal, por outro lado, junta vários simbologias, nenhuma delas usual na obra de Mira
Cada uma destas obras tem o lance mínimo de R$6.000,00

é isso, por fernando stickel [ 19:52 ]


Takashi Fukushima me passa outra história relatada pelo Prof. Flavio Motta, escrita pelo seu amigo Guen Yokoyama:

Homens não choram

O relato abaixo, ouvi contado por Flavio Motta, meu ex-professor da FAUUSP, quando fomos visitá-lo, eu e Takashi Fukushima. É sobre Assis Chateaubriand. Ele o conhecia desde quando deu cursos no MASP.

Um dos ídolos de Assis Chateaubriand era Winston Churchill. Uma de suas maiores vontades era conhecê-lo. O britânico, além de ter levado os Aliados à vitória na Segunda Guerra Mundial, primeiro ministro durante e depois dela e bom escritor, pintava.

Chateaubriand comprou uma tela sua, como meio de poder conhecê-lo. Através de seu fiel secretário, paraibano como ele, conseguiu arrumar uma visita, em Londres. Finalmente conseguiu conhecê-lo. Churchill, àquela altura, um senhor de avançada idade, contava alguma reminiscência e, emocionado, começou a chorar. Chateaubriand, que não falava uma palavra de inglês, dirigiu-se ao fiel secretário e disse: “Arrume um jeito de terminarmos a visita. Não suporto ver homens chorando.”

Não foi com essas palavras que Flavio Motta contou-nos essa e outras inúmeras. Foi uma bela visita. Mostrou-nos desenhos que Saul Steinberg tinha feito quando esteve no Brasil, os seus – tinha um caderno em que fazia um por dia, sempre. Acabamos almoçando com ele e sua filha.

é isso, por fernando stickel [ 9:45 ]


Guto Lacaz e o Prof. Flavio Motta, na casa deste na R. Bartira em São Paulo.


Em 2004 Takashi Fukushima e Guto Lacaz foram visitar o Prof. Flavio Motta em sua residência, Guto escreveu o relato da experiência:

Visita ao Prof. Flavio Motta

O Prof. Flavio Motta e a Coca Cola – Encontro com o Prof. Flavio Motta – sexta feira dia 9 de abril de 2004 das 16 às 19h

Há muito ouvia falar do Prof. Flavio Motta, de sua sabedoria, do encanto que exercia sobre seus alunos e da forma pessoal como abordava os assuntos e citava fontes. Primeiro, foi na década de 70, durante a Faculdade de Arquitetura de São José dos Campos através de meu colega Fernando Zanforlin, amigo de Marcelo Nitsche que convivia com o prof. naquela época. Depois, na década de 80, através de Rafic Jorge Farah, ex aluno do prof. na FAU USP. Farah me narrou uma emblemática passagem com o mestre. Estava ele parado na rampa da FAU, obeservando grande manifestação no salão caramelo em oposião à ditadura militar vigente no país. O prof. passa e para ao lado dele, observa a cena e diz: Farah…a maior subversão é ser. Em seguida continua sua caminhada. (isso é com o Farah. Não me lembro. Mas convenhamos é uma tirada aceitável:vide Hamlet)
Na década de 90 quem narrou seus encontros com o prof. foi o colega Marcelo Cipis. Soube também de uma passagem ocorrida na casa de Lina e Pietro Maria Bardi no Morumbi. O casal recebia o artista Saul Steinberg em visita ao Brasil. Com a chuva, os vidros da casa embaçaram e se transformaram em efêmero suporte para Saul Steinberg realisar um desenho com o dedo indicador, a figura de uma mulher nua, junto a uma coluna grega. Devido ao calor da lareira, na “casa de Vidro”, o desenho começou a escorrer. Verteu-se em lágrimas. Foi a maior tristeza daquela noite inesquecível. Choramos de rir.
Agora, uma garrafa de Coca Cola realiza o antigo sonho de conhecer o prof. …o filho de Takashi Fukushima me convida para a festa surpresa que organizava para o aniversário de seu pai. Durante a festa Takashi me mostrou uma garrafa de Coca Cola que havia ganho,vinda do Egito . Me falou de sua admiração pelo produto e de sua coleção de garrafas e latas. Logo me lembrei de uma garrafa que possuia que tinha recebido para fazer um stand que nunca saiu do papel. Era uma edição especial em plástico prateado. Antes de dizer que possuia tal raridade e que iria presente-á-lo, tomei o cuidado de localizá-la. Uma vez encontrada liguei para o Takashi e deixei recado dizendo que a garrafa era dele. Dias depois ele me ligou agradecendo e dizendo ter vindo do atelier de Luis Paulo Baravelli onde realizou entrevista para sua tese sobre o ensino de desenho. Me disse também que havia agendado a proxima entrevista com o Prof. Flavio Motta. Logo me adiantei dizendo que queria aproveitar a oportunidade para conhecê-lo. Takashi gentilmente aceitou minha intromissão e comunicou ao prof. minha presença no encontro. Disse o prof. que eu era benvindo e que conhecia meu pai. O prof. ainda não havia chegado do almoço e quem nos recebe é sua filha Guli que conhecia de passagens pela Pinacoteca e pelo MAC. Começamos a observar as muitas pinturas, desenhos e objetos na casa neo colonial na rua Bartira próxima a PUC,onde mora. Logo chega o prof. e sorrindo nos cumprimenta.
Carrega uma pequena sacola feita com um pedaço de manga de camisa onde leva seus remédios e utensílios para sua higiene pessoal e se queixa do desconforto pós operatório. Takashi o presenteia com o belo livro que fez por ocasião da exposição de seu pai Tikashi Fukushima na Pinacoteca em 2001. Flavio Motta o pega com carinho e nos sentamos para que ele o observe. O prof. começa a olhá-lo do final para o começo onde estão reproduzidas as fotografias de eventos artísticos. Com rapidez FM vai identificando…Tomie Othake, Walter Zanini, Renina Katz, Takaoka e outros contemporaneos. Admira outras reproduções e mesmo nas pinturas abstratas consegue ver montes, neve e água corrente típicos da pisagem japonesa. Takashi pergunta sobre uma xerox colorida sendo montada em partes sobre a mesa. Ele nos diz que é uma colagem com retalhos de costura que pegou de uma de suas filhas. Takashi lhe fala de um certo retrato e ele lembra Quentin Metsys dizendo ter feito o melhor retrato de Erasmo de Roterdam. Diz que Erasmo ao saber de tal afirmação replicou dizendo que seu melhor retrato eram seus textos! – (Mas não podemos descartar a possibilidade de estar reproduzido, no “Elogio da loucura”, uma edição com o retrato feito por Holbein.)
Pergunta então o que quer o Takashi. Takashi lhe fala da tese que está fazendo sobre o ensino de desenho e que está entrevistando antigos mestres para uma reavaliação de suas aulas e de seus métodos. Flavio Motta diz que a questão é oportuna e cita o pequeno livro Pincelada Unica de Shitao que sestá lendo no momento. Traz uma cópia presenteada pelo colega Feres Khoury. Lê pausadamente uma página onde diz que o pincel é Yin e a tinta Yang.. Juntos, quando desenham colocam ordem no caos. (vide também pg. 414 do YIN-YANG – CHEVALIER, Jean:GHEERBRANT, Alain,Dictionnaire DES SYMBOLES.Paris.SEGNERS,1974. – VON FRANZ, Marie-Louise, TIME. Rhythmand Repose, Thames and Hudson London 1972.P YANG (masculine):Tempo YIN(feminine):Espaço)
Falou da concentração e da atenção necessarias para desenhar e dos muitos movimentos que o corpo, o braço e a mão podem fazer para descrever trajetórias no papel ou no espaço. Falou que o mestre pede ao discípulo para traçar uma linha entre dois pontos. Feita a linha o mestre diz ao discípulo que ele não havia vivido a linha, que ela carecia de expressão. Falamos da palavra desenho, sua origem designio, dar nome, designar ou destino, direção, desejo. Design, draw e draft. Lê um trecho de Saramago – “A Caverna” pg. 84 – toda a arqueologia de materiais é uma arqueologia humana.O que este barro esconde e mostra é o trânsito do ser no tempo e sua passagem pelos espaços. Os sinais dos dedos, as raspaduras das unhas, as cinzas e os tições das fogueiras apagadas, os caminhos que eternamente se bifurcam e são distanciados e se perdem uns dos outros. Este grão que aflora à superfície é uma memória, esta depressão a marca que ficou de um corpo feito. O cérebro perguntou e pediu, a mão respondeu e fez. Leu citação de Goethe no livro “Esboço para um Auto Retrato” de Bernard Berenson. Onde fala da diferença entre desejo e vontade. Falou de que hoje já se pode realizar o sonho dos alquimistas de transformar mercurio em ouro.(vide Plank) Falou do conceito metafórico de alquimia onde, pode se transformar, pelo pensamento, a qualidade das escolhas. Diz que quimica quer dizer suco, em Grego. Da sala fomos para a salinha.
Ali ele tinha seu lugar predileto, encostado a parede repleta de pinturas. Disse que se o achássemos feio poderiamos olhar os quadros. Falou da aula de física onde seu prof.mostrava um raio de luz atravessar um celofane e este o fazia mudar de cor. Mais um celofane, uma nova cor. Pediu para que o lembrasse de falar sobre a torção no raio de luz. Repentinamente nos sugeriu desenho de uma estrela de 7 pontas. Ficamos estudando sua construção, divisão da circunferência, movimentos, trajetórias, angulos, formas ocultas e outras estrelas – 4 pontas, 5 pontas, 6 pontas. Com sua lapiseira nos mostrou a construção, o peixe e o vaso nela ocultos. (Anexar copia da folha). Desenhamos outras possibilidades de alfabetos e falamos no código binário. Nos contou de um congresso de comunicação na Itália onde representou o Brasil. Nos contou dos livros de Bruno Munari que apresentam a laranja como se fosse um produto desenhado por designers e do filme que apresentou no congresso onde um atleta dá um salto mortal filmado em hiper camera lenta acompanhado de trilha sonora (som puro) e quase enervante. Disse que nesse congresso só os europeus falavam e que a comissão brasileira resolveu se pronunciar. Neste congresso, Humberto Eco, Abraham Moles, Argan, entre outros… F.M. então se apresentou para fazer um pronunciamento sobre comunicação e informação. Disse que comunicação é a ponte entre dois extremos, inclusive fisiológicos, o que arrancou sorrisos na platéia. (vide “Lógica da Vida” – François Jacob) Apresentando ou comentando um assunto acolhedor em seguida a outro, nos falou do livro de Saramago que conta a história de uma tradicional família de poteiros portugueses acostumados a uma rotina secular de produzir e vender potes. Até que um dia a loja recusa novas encomendas pois haviam chegado os novos potes de plástico. O poteiro tem então que decidir por outro produto para manter o negócio. Decide produzir figuras, bonecos… Nos conta que no estacionamento no bairro soube de um pintor que escreveu LAVA-SE CARRO. Comparou a dificuldade e determinação ao tempo levado para “dar o salto mortal” no filme de Bruno Munari, reproduziu lentamente a possível trajetória do pincel acompanhado de um FIIIIII semelhante à trilha sonora original. O prof. ia ligando uma história em outra, uma citação em outra de forma poética e anárquica, elucidou.
Takashi lhe contou de uma biblioteca que visitou na China onde os livros eram laminas de pedra gravadas e que o frequentador podia imprimir o que desejasse. Disse que sua filha gostaria de escutar essa história e logo veio Paula que disse já ter conhecimento do fato pois Rubens Matuck havia contado. Com a presença de Paula o prof. procura o editor do livro Pincelada Única. Encontramos na ficha o nome de uma cidade XXXX que todos desconheciam.Logo pensamos tratar-se de uma ediçâo portuguesa. O prof. sai e logo volta trazendo um grande livro de capa vermelha e apontando nos diz; ….cidade portuguesa e também brasileira. Enquanto Takashi conversava com Paula o prof. me fez um sinal.Percebendo que eu não o havia acompanhado retornou e tocou meu braço para acompanhá-lo. Retirou um volume da biblioteca e me mostrou uma gravura de Durer onde ao fundo de uma cena aparecia um incomum sólido geométrico ( a pedra filosofal da “Melancolia”) Pediu-me que o identificasse mas não consegui. Era um sólido irregular. Ao nos despedirmos me abraçou dizendo: Guto você já é de casa. Nos acompanhou pelo jardim até o portão. Disse que gostamos muito da conversa. Ele disse: conversa sim…não gosto de bate papo!
Guto Lacaz posted by takashi fukushima @ 7:07 AM

é isso, por fernando stickel [ 12:14 ]

Professor Flavio Motta (1923-2016)
Durante o ano de 1973 os alunos de graduação do 5º ano de arquitetura da FAUUSP se dedicaram ao Trabalho de Conclusão do Curso – TCC, ou Tese, não lembro mais do nome.
Eu propus aos meus orientadores, Flavio Motta e Aracy Amaral fazer um “Caderno de Viagens”, similar aos cadernos que meus professores na Escola Brasil: nos incentivavam a fazer, com desenhos, anotações, reflexões, colagens, etc…
A proposta foi aceita, no primeiro semestre trabalhei em folhas soltas, depois encadernadas e no segundo semestre mandei encadernar um belo caderno de folhas em branco e capa de couro com a inscrição:

Diário de Viagens
Fernando D. Stickel
1973- 2ª Parte

Após a entrega do trabalho, consegui surrupiar o original da biblioteca, deixando uma cópia xerox, e como o caderno ainda não estava totalmente preenchido continuei a trabalhar nele até o final.
Hoje seria impensável aluno de arquitetura conseguir executar um trabalho assim…foi graças à personalidade esfuziante do Mestre Flavio que isso foi possivel, ele era irreverente, inteligente, imprevisivel, genial e companheiro!!


Flavio Motta e o arquiteto Vilanova Artigas (1915-1985) autor do projeto da FAUUSP, provavelmente em uma de suas sala de aula.
Na lousa a famosa frase do arquiteto Auguste Perret (1874-1954), pioneiro no uso de concreto protendido: “É preciso fazer cantar o ponto de apoio.” (L’architecture, c’est l’art de faire chanter le point d’appui)


Meu retrato feito pelo Flavio Motta no “Diário de Viagens”

é isso, por fernando stickel [ 18:07 ]


Mr. Natural sabe tudo! R. Crumb & F. Stickel #fiqueemcasa

é isso, por fernando stickel [ 20:27 ]


Lili, minha mãe Martha e meu tio Ernesto, anos 30, na casa da R. dos Franceses

Minha avó Lili – Maria Elisa Arens Diederichsen (1883-1973), foi uma sobrevivente da gripe espanhola de 1918.

Ela se curou da gripe, mas teve como sequela uma lesão no pulmão que muitos anos mais tarde se transformaria em enfisema, doença que acabou sendo a causa de sua morte aos 90 anos de idade.

Ela tinha 35 anos de idade quando foi infectada em São Paulo pelo H1N1, a pandemia infectou 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época, e vitimou entre 50 e 100 milhões de pessoas no planeta, as vítimas preponderantemente adultos jovens.

Dois anos mais tarde nasceu a caçula da família, minha mãe Martha em 1920. Lili teve uma vida excelente, suas sequelas não diminuíram em nada seu vigor e alegria de viver. Dois anos ates de falecer o enfisema se manifestou, e ela passou a ter sintomas de falta de ar.


Lili no navio, com meu pai Erico, eu e minha irmã Sylvia, anos 50


Lili com minha irmã Sylvia na Suíça, anos 50


Lili com 87 anos, na festa do meu noivado com Maria Alice Kalil, 1970


A ciência tem dados das epidemias e pandemias, as curvas e as precauções são as mesmas…

é isso, por fernando stickel [ 9:23 ]


Nos anos 70 haviam dois grandes sábios no planeta, em primeiro lugar Mr. Natural, e colado nele, Fat Freddy. Os criadores destas adoráveis criaturas, Robert Crumb e Gilbert Sheldon estão entre os grandes gênios da humanidade, nos dando aquilo que mais está em falta nestes tempos de crise: HUMOR!!! puro e simples.

é isso, por fernando stickel [ 12:18 ]


A crise do coronavírus já infectou milhões ao redor do mundo, matou milhares e colocou milhões em quarentena, como a Sandra e eu que já estamos há uma semana fechados dentro de casa…
O desenho é de R. Crumb, o STAY HOME é meu…

é isso, por fernando stickel [ 18:22 ]


Acorda Bolsonaro!!!

Eu estava sonhando e no meu delirio tive a visão de que Jair Bolsonaro teria uma oportunidade de ouro para conduzir o Brasil no combate à crise do coronavírus, com todas as glórias possíveis e imagináveis, e grandes chances de se reeleger em 2022. Bastaria cortar profundamente na própria carne, pessoal e institucionalmente falando, com estas medidas:

1. Parar com esta mania ridícula de ser o clone do Trump e fazer discurso irresponsável e obtuso em rede nacional, condenado pelo Brasil inteiro, e passar a prestigiar o seu Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que está fazendo um excelente trabalho. Acreditar na ciência e abandonar o achismo.

2. Botar uma focinheira nos filhos, proibi-los de abrir a boca e parar de criar crises e encrencas dia sim dia também.

3. Levantar a bandeira da eliminação dos privilégios da classe política, a começar pelo fundo eleitoral de 2 bilhões. Penduricalhos, salários em cascata, gratificações, jatinhos, tudo que faz o Brasil ter o estado mais pesado do mundo!

4. Liberar e incentivar todas as investigações sobre o seu filho Flavio e o esquema da rachadinha, que beneficia sabe Deus quem e o que (ele sabe)

5. Incentivar a Lava Jato e o combate à corrupção.

Vai doer? Vai. Mas ele terá uma chance como Homem e Estadista. Se fizer tudo direitinho faltam dois anos e nove meses, é bastante tempo, caso contrário, se insistir em um discurso que desagrada a maioria dos brasileiros, está se arriscando a tomar um impeachment pela proa.

PUF!!! Acordei do meu sonho… que pena, não vai rolar, Bolsonaro é um ser limítrofe, tosco, raivoso, encrenqueiro, limitado, não consegue enxergar além do próprio nariz, privilegia a discórdia e não valoriza a harmonia e o consenso. Não vai aproveitar a oportunidade que o destino colocou em suas mãos de ser um ESTADISTA, infelizmente.

Votei nele para presidente como única maneira de tirar do poder o cancer do PT, mas sinto que ele não está respeitando o meu voto e de outros milhões de brasileiros que fizeram o mesmo.

é isso, por fernando stickel [ 18:49 ]


DOE E APOIE A SAÚDE PÚBLICA AGORA! Veja os detalhes e doe aqui
Superar a pandemia depende de um compromisso de toda sociedade!
Criado por um grupo de lideranças da sociedade civil comprometida com o investimento social, o FUNDO tem dois objetivos principais: mobilizar a comunidade filantrópica/sociedade brasileira a doar para o fortalecimento do sistema público de Saúde do Brasil e criar um canal rápido, fácil e confiável para fazer com que os recursos financeiros cheguem a hospitais públicos e instituições de ciência e tecnologia que estão na linha de frente do combate ao Coronavírus.

Grupo Instituidor: IDIS, BSocial, Movimento Bem Maior

Parceiros Institucionais: Gife (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), Movimento por uma Cultura de Doação, PLKC Advogados e Synergos

Parceiros Operacionais: SITAWI e Umbigo do Mundo

Apoiadores: Movimento por uma Cultura de Doação

Conselho Gestor: Representantes das três organizações do Grupo Instituidor

Conselho Técnico e Científico: Dr. Marcos Kisil, Dr. José Antonio de Lima e Dr. José Luiz Setúbal

Organizações que receberão os recursos do FUNDO:

Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – HCFMUSP
Fundação Faculdade de Medicina (FFM)
Comunitas

é isso, por fernando stickel [ 21:14 ]

Trabalhos de Evandro Carlos Jardim, técnicas e épocas diferentes, em comum a excelência através das décadas!


Desenho, carvão sobre papel, 1960. Este desenho foi um presente do meu falecido amigo Frederico Jayme Nasser, muitos anos atrás…


Gravura, 1974


Pintura, 1985

é isso, por fernando stickel [ 20:22 ]


A finissage da exposição do mestre gravador Evandro Carlos Jardim, “Sobre a trama do tempo” no atelier de Jac Aronis (A Casa dos Passarinhos), ocorreu no sábado 7/3/2020.


A anfitriã Jac Aronis com Paulo Fridman.


Um time de feras!! Evandro Carlos Jardim, Lygia Eluf, Jac Aronis, Claudio Mubarac, curador da mostra e Marco Buti.


As gravuras de Evandro.


O atelier de Jac Aronis

é isso, por fernando stickel [ 9:33 ]

Com a quarentena do coronavirus temos que encontrar assunto, eu fui abrir umas gavetas e encontrei algumas fotos…


Meu avô Arthur Stickel (1890-1967) jovem.


Lembranças da minha infancia no Guarujá, meu avô na volta da pescaria.


Minha bisavó Elizabeth Catharina Metz Stickel.

é isso, por fernando stickel [ 11:26 ]

klaus-dieter-wolff
À esquerda Klaus-Dieter Wolff, à direita Roberto Schnorrenberg.

A convite do meu primo Luiz Diederichsen Villares (Luisinho), ingressei no Conjunto Coral de Câmara de São Paulo onde cantei no naipe dos tenores de 1964 a 1969. O grupo coral amador era regido por Klaus-Dieter Wolff (1926-1974) dedicado a repertórios medievais, renascentistas, de música contemporânea e de autores brasileiros.

Eu morava com meus pais na R. dos Franceses na Bela Vista e ia a pé aos ensaios no Colégio Visconde de Porto Seguro na Praça Roosevelt, duas vezes por semana, à noite.
O grupo se apresentava em teatros, igrejas, na TV, na Semana Santa viajávamos sempre para Santos e lá nos apresentávamos em uma igreja, ocasionalmente haviam apresentações conjuntas com o Madrigal Ars Viva de Santos e o Collegium Musicum de São Paulo, sob regência de Roberto Schnorrenberg (1929-1983)
A maior glória foi uma destas apresentações conjuntas no Teatro Municipal de São Paulo, com a casa cheia, em 7/12/1968 com o Vespro della Beata Vergine de Claudio Monteverdi.

coral2
A emoção de se apresentar com orquestra sinfônica completa, quase cem vozes e casa cheia é indescritível.
Depois das apresentações o grupo terminava invariavelmente em uma pizzaria, com todos cantando e sendo aplaudidos pelos outros comensais.

Apresentação em Santos em 1964, Luisinho Villares e eu indicados nas setas.

Em 1964 a composição do coral era a seguinte:
Antonieta Moreira Leite
Eneide Gebara
Esther Lenhard
Helena Arato
Helenita Villares
Inês Peralva Costa
Isa Lea Marques
Jacyra P. de Carvalho
Joselina de Féo
Liselotte Schachtitz
Maria Aparecida Jorge
Maria A. Antunes da Costa
Maria Lucia Machado
Marisa de Oliveira Fonterrada
Myriam Chebel Labaki
Rosmarie Appy
Alfredo Alves
Arnaldo da Eira
Fernando D. Stickel
Humberto Egypto de Cerqueira
Jean Pierre Appy
José Maximo Ribeiro Sanches
Laudo Olavo Dalri
Luiz D. Villares
Michel Rabinovitch
Munir Bussamra
Ronald Rocabert Faccio
Sergio Benedetti
Victoriano Prieto Puentes

é isso, por fernando stickel [ 9:52 ]